terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Ministério Público move ação contra Rede TV! pelo caso Eloá

Emissora transmitiu uma entrevista ao vivo com Lindemberg enquanto ele mantinha a ex-namorada refém

Solange Spigliatti, do estadao.com.br

SÃO PAULO - O Ministério Público Federal de São Paulo entrou com uma ação nesta segunda-feira, 1º, contra a Rede TV! por uma entrevista feita com a adolescente Eloá Cristina Pimentel, de 15 anos, e Lindemberg Alves, de 22 anos, e quer uma indenização de R$ 1,5 milhão para a sociedade por utilizar imagem da menor sem autorização judicial e transformar em espetáculo midiático o seqüestro da jovem. Eloá acabou assassinada pelo ex-namorado. Questionada, a emissora afirmou que ainda não foi informada da ação, mas que considera o ato uma "forma velada de censura".

A ação civil pública é por danos morais coletivos de R$ 1,5 milhão, equivalente a 1% do faturamento bruto anual da emissora, ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos. Durante o seqüestro, a emissora entrevistou a refém e o seqüestrador. A emissora também afirmou que assim que for notificada da ação vai se manifestar. No entanto, declarou que sempre vai defendar "a liberdade de expressão e o não cerceamento do jornalismo de informar os telespectadores".

O programa "A Tarde é Sua", com apresentação de Sônia Abrão, exibiu duas entrevistas, uma ao vivo e outra gravada, com Eloá e Lindemberg, interferindo na atividade policial em curso e colocando a vida da adolescente e dos envolvidos na operação em risco, segundo MPF.

Texto alterado às 15h41 para acréscimo de informações.

(Com informações de Mônica Aquino, do estadao.com.br)


sábado, 29 de novembro de 2008

Antropologia compartilhada

“A antropologia é um procedimento de certa forma terrorista. Antropólogos muitas vezes redigem suas pesquisas sem sequer relê-las às pessoas com quem havia falado. O cinema é o veículo que permite realizar a etnografia, esta antropologia partilhada... É esse o milagre do cinema, partilhar com muitos as mesmas emoções”. As palavras de Jean Rouch, o antropólogo-cineasta que vislumbrou o cinema como meio de compartilhar a antropologia, inspiram nossa prática de pesquisa e realização audiovisual e a construção deste espaço.
Antropologia compartilhada, o blog, é uma realização coletiva – iniciada por um grupo de pesquisadores que têm como interlocutores os realizadores de cinema e arte das quebradas. Uma ocupação na rede, construída a partir de relações que temos tecido nos últimos anos, com gente que pensa o cinema como meio de transformação, intervenção, provocação.

Antropologia compartilhada

“A antropologia é um procedimento de certa forma terrorista. Antropólogos muitas vezes redigem suas pesquisas sem sequer relê-las às pessoas com quem havia falado. O cinema é o veículo que permite realizar a etnografia, esta antropologia partilhada... É esse o milagre do cinema, partilhar com muitos as mesmas emoções”. As palavras de Jean Rouch, o antropólogo-cineasta que vislumbrou o cinema como meio de compartilhar a antropologia, inspiram nossa prática de pesquisa e realização audiovisual e a construção deste espaço.
Antropologia compartilhada, o blog, é uma realização coletiva – iniciada por um grupo de pesquisadores que têm como interlocutores os realizadores de cinema e arte das quebradas. Uma ocupação na rede, construída a partir de relações que temos tecido nos últimos anos, com gente que pensa o cinema como meio de transformação, intervenção, provocação.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Direitos Humanos
- Artigo III.
Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.

- Artigo V.
Ninguém será submetido à tortura nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante.

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Reportagem:
Mãe mata filho de 19 anos em ritual de magia negra em SP

Segundo polícia, ela chamou vizinhos para orar e pisoteou a Bíblia.PMs invadiram apartamento e viram rapaz com 15 facadas no colo da mãe.
Do G1, em São Paulo

Uma encarregada de setor de 43 anos foi presa em flagrante por matar com 15 facadas o filho, um estudante de 19 anos. O crime aconteceu na tarde de terça-feira (18) no apartamento onde moravam, na Avenida Jaguaré, no bairro do Jaguaré, Zona Oeste de São Paulo. Ela estava em crise psicótica e pertencia a comunidades religiosas não convencionais da internet, diz a polícia.

Segundo o boletim de ocorrência, vizinhos disseram que, desde o começo da tarde, a mulher chamava todos para 'orar'. Ela falava sobre demônios e assuntos satânicos. De acordo com vizinhos, em determinado momento, ela pisoteou um exemplar da Bíblia. Devido ao estado da mulher, eles chamaram uma ambulância do Samu, que não compareceu no local. A Secretaria Municipal de Saúde informou que, por causa da "natureza da ocorrência, a abordagem do caso e o primeiro atendimento naturalmente seriam da Polícia Militar".Os vizinhos contam que, depois de chamar a ambulância, tentaram acalmá-la. A mulher, aparentemente em transe, teria dito que o filho tinha que ser morto por um 'bem maior'. Assustados, eles chamaram a polícia. Quando os PMs chegaram, a porta do apartamento estava trancada.Os policiais tocaram a campainha, interfonaram e bateram na porta sem sucesso. Passados 30 minutos, um grito veio do local. A porta do apartamento foi arrombada. A mulher estava com o filho no colo e esfaqueava a vítima. Ele foi golpeado, pelo menos 15 vezes no pescoço e tórax. Seis policiais foram necessários para segurar a encarregada. O estudante foi socorrido para o Hospital Universitário da USP, onde morreu. Outros dois filhos da mulher estavam escondidos em outro cômodo. Em diligências no local, a delegada plantonista localizou três computadores da suspeita. Averiguando o material apreendido, a delegada descobriu que a encarregada fazia parte de sites religiosos não convencionais que adotam o sacrifício. Ela acessava as páginas da internet e mantinha contato com outras pessoas com os mesmos interesses pelo site de relacionamento 'Orkut'. No apartamento, duas facas foram encontradas e apreendidas para perícia. A encarregada também foi hospitalizada no Pronto Socorro do Hospital da Lapa onde, até a elaboração do boletim de ocorrência, permanecia em observação e sedada para avaliação psiquiátrica. Ela está sob escolta policial e, assim que tiver alta, será presa pelo crime.
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E então a gente se pergunta: onde vamos parar?
"Onde é que existe gente no mundo?" (Álvaro de Campos_Poema em Linha Reta)
A vida banalizada.
Sentimento de indignação...

Ética no Jornalismo: Aqui se faz o quê se paga?

Segundo o professor Jair Borin, do departamento de jornalismo da ECA, o problema atual é estarmos vivendo “a apologia do jornalismo de mercado”, de acordo com o qual "restaria para as classes mais baixas a mídia eletrônica, cujos rumos são definidos pelo Ibope e não pela qualidade do que é veiculado. A grande parcela da população torna-se mera consumidora do lixo que vende bem.“

Mas, existem alternativas para essa situação? Como se poderia romper o curso da imprensa do espetáculo e do lucro?

Ora, diversos atores estão envolvidos nesse cenário: jornalistas, produtores, donos de emissoras, mas também espectadores. Desse modo, cada um se torna, por sua vez, responsável pelo conteúdo que é veiculado e 'consumido'.

Segundo o jornalista Milton Jung, que atualmente apresenta o CBN São Paulo, na rádio CBN, não há solução para o problema que não passe necessariamente pelo exercício de um jornalismo mais comprometido com o cidadão, que precisa deixar de ser visto como mero consumidor em potencial:

http://br.youtube.com/watch?v=Agv6BhGfNXM&feature=related

Respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família?

Conforme artigo previsto pela Constituição Brasileira sobre a mídia, esta deve manter seu compromisso de respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família. No entanto, parece que a Constituição vem sendo ignorada, haja vista o grande número de programas que veiculam conteúdo de qualidade no mínimo discutível, sobretudo na televisão.


É o que se pode perceber através do ranking abaixo, organizado com base nas denúncias de violações dos Direitos Humanos recebidas pelos idealizadores da campanha "Quem Financia a Baixaria é contra a Cidadania":



A campanha nasceu em 2002 fruto de deliberação da VII Conferência Nacional de Direitos Humanos, maior evento anual do setor no país. O espírito da decisão foi criar um instrumento que promovesse o respeito aos princípios éticos e os direitos humanos na televisão brasileira.

Participaram da Conferência cerca de 1.500 pessoas, a grande maioria lideranças e militantes em direitos humanos. Muitos lutaram contra a censura no regime militar, e agora estão engajados na campanha para resgatar o significado contemporâneo da liberdade de expressão e de formação de uma opinião pública crítica baseada nos valores humanistas.

Obs. Esse ranking foi publicado pelo site"Ética na TV": http://www.eticanatv.org.br/index.php?sec=2&cat=5&pg=2&ano=47546f44c3fe68a7dd45684d65281632

segunda-feira, 17 de novembro de 2008